Nesta sexta-feira, dia 17/02, estreia o filme que lidera as indicações ao Oscar
2012: A invenção de Hugo Cabret (Hugo, 2011). O mais recente trabalho de Martin
Scorsese - um dos maiores diretores vivos dos E.U.A. - surpreende
justamente por aquilo que não faz questão de explicitar em sua
publicidade.
Narrado como um conto de fadas, tendo a Paris da primeira metade do
século XX como cenário, acompanhamos a jornada de Hugo Cabret, um
órfão responsável clandestinamente pela manutenção dos gigantescos
relógios de uma estação de trem. Filho de um relojoeiro que o havia
mostrado, antes de morrer, um misterioso autômato com defeito, Hugo
parte em busca de respostas para os mistérios guardados pelo estranho robô.
O que vem a seguir é uma surpreendente viagem pelos
processos e os efeitos da mecânica de sonhos do cinema, capitaneada pelas lentes de Scorsese, que pela primeira vez utiliza - nada gratuitamente - o recurso 3D. A experiência de
cada um seria diminuída caso contássemos algo a mais. Todos aqueles que se interessam por pensar as relações entre o cinema, o universo das artes e do espetáculo com a ciência e a cultura, devem no mínimo se interessar bastante pelo filme - se não saírem maravilhados.
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